O Leviatã e o Novo Estado

 

Leviatã

Ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil

Primeiras impressões

Começarei a comentar a partir do prefácio, sendo escrito pelo professor universitário e pesquisador na área da história das ideias linguísticas e sua relação com a história intelectual e social, Ronaldo de Oliveira Batista, onde primeiramente nos introduzidos a origem do próprio nome do livro, O leviatã, monstro bíblico apresentado no livro de Jó. Ao escolher o título do livro, Hobbes faz a perfeita comparação e definição de Estado, um ser soberano ao olhar humano, onde não aja motivação de confrontá-lo, de tão amedrontador que vem ser sua força, sendo assim, o estado, uma força inquestionável e imbatível, mantendo a civilidade entre as pessoas, que na percepção do filósofo, não seria possível sem o estado, pois a humanidade não tem em seu instinto, uma vontade social, que seja natural do homem, apenas com artifícios governamentais, se faz a sociabilidade dos homens, os mantendo longe dos conflitos e das guerras, considerando a natureza autodestrutiva do homem, ou como o próprio Hobbes fala “o homem é o lobo do homem”, ou seja, o seu próprio predador, ou então seriamos uma presa precisando de segurança contra si mesmo, e o leviatã seria esse guarda, protetor da humanidade, com absoluto controle do pensamento, é assim que se faz a sociedade.

Um estado Mundial

Um funcionamento de proporção natural do estado, sim, é aceitável, pois ao unir pessoas da mesma cultura não os força a perda de suas tradições, mas apenas a uma forma de vigilância una, que previne conflitos internos e o mau funcionamento das leis “vulgo tradições”, quando a proporção é maior, e abrange mais de uma cultura, forçando assim a união de leis, muitas vezes opostas, é preciso de um novo sistema, de uma mistura dos padrões que já existem, mantendo algumas e excluindo umas, gerando assim uma perda nas tradições e degenerando o que foi construído para ser apenas um.

No fim, a unificação das nações, não é de nenhuma forma pacifista ou humanista, é um sistema elitista, eliminando os fracos e permanecendo os fortes, não irá, servir ou proteger, a destruição as culturas para a união de apenas uma não pode existir puramente, não é da natureza do homem ser altruísta, o que eu prevejo é a eliminação da liberdade de todos, transformando os indivíduos em meios de produção, os privando de suas vontades, a partir de métodos psicológicos de manipulação da mídia, passando suas ideias progressistas.

A união dos homens significa a vinda de um novo homem, o último homem, que metaforicamente, está em uma rodinha de rato, correndo, e chama aquela corrida de progressão, correrá até morrer, pois, o novo estado mundial é uma farsa, esse plano teve brecha quando a humanidade teve o primeiro ataque regressista, a revolução francesa, desde lá, a humanidade respira por aparelhos.

Um estado que rejeita o passado de sua cultura é um estado sem base, sem apoio, e a qualquer momento pode cair, pois, não houve na história um momento em que a humanidade criou sem apoio de mestres passados, seus valores morais, e a forma como unirão a sociedade em uma promessa de paz pós-guerra, é somente uma privação da liberdade através do medo, melhor dizendo uma pan-óptica, um estado mais forte do que um leviatã, pois não só controla as leis, como também o pensamento, dando liberdade apenas para o consumo e a produção, e nesse novo mundo, a improdutividade será um pecado mortal.

Uma guerra antes do novo estado, uma guerra financiada pela elite global, criada entre as faíscas de um conflito entre culturas, onde os fracos se matam, e os fortes lucram, sobrando apenas produtores e consumidores, O mundo perfeito.

Comentários