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A fortuna e a Virtú

A fortuna - "proporciona chaves para o excito da ação politica e constitui a metade da vida que não pode ser governada pelo individuo." - O principe, N. Maquiavel.(Pag. 16) A Virtù - "é o próprio daquele que se conforma à natureza de seu tempo, apreende-lhe o sentido e se capacita a realizar praticamente a necessidade latente nas circunstancias." O principe, N. Maquiavel.(Pag. 16-17) * O sábio homem reconhece as características sociais que está inserido, suas condições proporcionadas pela occasione que o levou a sua posição actual na sociedade, sua fortuna decidira a dificuldade de com a qual terá que lidar durante a vida, e sua virtù decidira o quanto destaque o homem terá diante dos acontecimentos, um homem virtuoso sabe prever e antecipar as situações que está inserido, saber combinar seu modo de agir com as particularidades do momento, aproveitar a situação através de suas habilidades pessoais, essa combinação é a formula para um homem feliz, manter-se atento as

O Leviatã e o Novo Estado

  Leviatã Ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil Primeiras impressões Começarei a comentar a partir do prefácio, sendo escrito pelo professor universitário e pesquisador na área da história das ideias linguísticas e sua relação com a história intelectual e social, Ronaldo de Oliveira Batista, onde primeiramente nos introduzidos a origem do próprio nome do livro, O leviatã, monstro bíblico apresentado no livro de Jó. Ao escolher o título do livro, Hobbes faz a perfeita comparação e definição de Estado, um ser soberano ao olhar humano, onde não aja motivação de confrontá-lo, de tão amedrontador que vem ser sua força, sendo assim, o estado, uma força inquestionável e imbatível, mantendo a civilidade entre as pessoas, que na percepção do filósofo, não seria possível sem o estado, pois a humanidade não tem em seu instinto, uma vontade social, que seja natural do homem, apenas com artifícios governamentais, se faz a sociabilidade dos homens, os mantendo longe dos

A perfeita eloquência

  A perfeita eloquência   Da elocução Do latim. elo cutio . Do grego. Léxis(λέξης). Expressão, dicção. [22. Clareza e nobreza da elocução poética] – Aristóteles, Poética (Tradução de Paulo Pinheiro) “A virtude da elocução é a de ser clara e não vulgar. Claríssima, porém vulgar, é a elocução constituída de nomes correntes(habituais); exemplo disso encontra-se na poesia de Cleofonte e na de Estênelo. A elocução é respeitável e apartada do ordinário quando emprega nomes inabituais.”       Para o mais belo dos poemas, os trágicos, Aristóteles, recomenda que usemos os nomes inabituais, alongando as palavras, as tornando claras de sua definição, sem deixar resquícios de dúvidas sobre o leitor ou ouvinte.      Penso se para que o discurso seja o mais belo e o mais inspirador possível, também tenhamos que usar de seu conselho? Devemos fazer de suas palavras, verdade? Imaginemos. Uma plateia que conhece o tema a ser apresentado, eles esperam o melhor, o mais belo dos discursos

Assim falou Zaratustra - Da virtude dadivosa (Trechos)

Comentários de alguns trechos desse capítulo por um pobre discípulo chamado Poeta do mar. ۝ Nossa mente voa para o alto: símile ao nosso corpo, símile a elevação. Similares às elevações são os nomes das virtudes. 1   Assim o corpo atravessa a história, desenvolvendo-se e lutando. E o espirito - o que é para o corpo? Ele é o arauto, o companheiro e eco de suas batalhas e vitorias. 2   Todos os nomes do bem e mal são símiles: eles não conseguem falar nada, apenas sinalizam. Tolo é quem procura o conhecimento através deles.   Dai atenção, meus irmãos, para cada hora em que vosso espirito quiser falar através de formas símiles: pois ali é que tem origem nossa virtude. 3   Em seguida, vosso corpo é elevado e se ergue; deleitai o espirito com vossa alegria para que ele se faça criador, apreciador, amante e benfeitor de todas as coisas. 4   Quando vosso coração aumenta o fluxo e se torna amplo e cheio como um rio, torna-se uma benção e um perigo para os habitantes das planícies: a

As três transformações

Primeira transformação – Camelo: o ser que carrega cargas em suas costas por onde mandarem, o subordinado que faz parte das massas, O que anda com pressa em seu deserto, ele ama aquele que o despreza e leva toda carga, sozinho se alegrando de sua força. Segunda transformação – leão: aquele que deseja ser dono da própria realidade, ele busca a liberdade e confronta as amarras geradas por seus antepassados. Terceira Transformação – Criança: é a criação de valores, renega o que lhe foi imposto e trilha seu próprio caminho, tendo em vida a si mesmo como motivo. Esse ciclo é a representação do homem buscando sua elevação, como obstáculo Nietzsche cita em metáfora um “Dragão” representando os costumes, tradições e toda categoria de herança familiar, pois como ele mesmo diz “Como poderíeis subir as alturas se a vontade de vossos pais não pudesse subir convosco?” não dá para se elevar se as falhas de seus pais estão contigo, então ai entra o leão, com motivação e força para se rebelar e buscar

Os ultramundanos

“Bem e Mal e alegria e tristeza e eu e tu – parecem-me fumaça colorida diante dos olhos do criador” Com uma linguagem poética, Zaratustra nos apresenta um deus criado por ele mesmo, uma fantasia criada por sua imaginação, antes da fantasia o mundo aos seus olhos era cruel e sofrida, mas assim que busca algo além do corpo, o mundo se torna um sonho, a própria face de deus. Como ele diz “Fumaça colorida diante de um divino descontente”. “O criador queria desviar o olhar de si mesmo – e então, criou o mundo” Seria deus um sofredor por essência? A ponto de criar o mundo imperfeito para sobrepor seu sofrimento por prazer? Desviar seu foco para longe de seu sofrimento eterno, esse é seu prazer inebriante. Após admitir sua loucura ao criar algo do além, Zaratustra afirma, que nada pode ser vindo do além, e seria todos as categorias de deuses uma criação humana, deuses tão humanos quanto seus criadores. O sofrimento foi um dos maiores motivos da criação de deus e de sua fé. A mais breve louc